HOME OFFICE – Como implantar com sucesso

No texto anterior, exploramos um pouco sobre os benefícios e cuidados do trabalho remoto (clique aqui para conferir). E se optarmos em adotar a política do home office na empresa, o que precisamos fazer para termos sucesso?

Existem inúmeros fatores que podem iniciar uma crise, prejudicar a produtividade do colaborador e até causar prejuízos para a empresa. Para evitar que a modalidade seja colocada em descrédito ou cancelada, é preciso avaliar alguns pontos:

Avaliar o perfil do colaborador e da função

Para o home office dar certo, a função precisa ser compatível, permitindo que a execução seja feita remotamente, como em funções Administrativas ou Vendas. Outro ponto é se colaborador apresenta responsabilidade e autogerenciamento durante suas atividades. Caso o gestor precise ficar “cobrando” o funcionário, ele precisa passar por treinamentos antes de trabalhar fora da empresa.

Prepare os recursos necessários

O colaborador precisa de uma estrutura técnica e física adequada para executar seu trabalho, como um local isolado na casa (fora de alcance das possíveis distrações domésticas), acesso a internet, aos sistemas internos (o ERP que ele usaria se estivesse na empresa, por exemplo), além de ramal telefônico, softwares de acesso remoto, sistema de segurança de dados, aplicativos de conferência e bate-papo, que permitam a interação do colaborador com  outros funcionários da empresa.

Faça um projeto-piloto

Antes de disponibilizar o home office na empresa, faça um piloto com alguns colaboradores de confiança. Observe se os recursos disponibilizados são realmente importantes ou se sentiram a falta de algum. É importante ter um feedback transparente em relação as metas, objetivos, eventuais dificuldades e sugestões, para o projeto ser aprimorado e replicado com sucesso.

Foco na produtividade e resultados

Para que o colaborador não perca o foco no trabalho, alinhe de forma clara quais são as atividades no curto e médio prazos, com metas predefinidas e datas de entrega. Para isso, é importante acompanhar cada etapa de execução e atento aos resultados parciais.

Mantenha uma agenda de reuniões

O colaborador longe da empresa, pode começar a se sentir “deixado de lado” e impactar negativamente no seu rendimento. É importante manter uma rotina de reuniões na empresa, para que ele tenha interação com outros colaboradores, além da oportunidade de alinhamento de trabalho com a equipe. Um procedimento comum nas empresas é o funcionário trabalhar 03 dias remotamente e o restante da semana interno.

Resolva os problemas o mais rápido possível

Problemas sempre vão existir. No caso do home office, assim que surgir algum problema, tente resolvê-lo o mais rápido possível. Porque o funcionário longe da empresa e sem informação, pode imaginar que os desafios são maiores do que realmente são, ou até, se sentirem à própria sorte. E na ausência da orientação correta, o colaborador pode tomar iniciativa e tentar solucionar sozinho e de forma inadequada, resultando em retrabalho ou até, em prejuízo financeiro para a empresa.

Alinhe os processos de avaliação e performance

É importante deixar muito bem claro e compatíveis, questões como carga horária, responsabilidades, exigências de sindicatos e políticas internas da empresa entre todos os colaboradores, que trabalham remotamente ou internos. Principalmente, em relação à métricas de avaliação e resultados.

Garantir as mesmas condições de trabalho, performance e engajamento, é fundamental para o sucesso. A gestão a distância pode se tornar fator decisivo para a inovação em serviços, atração de novos talentos para a empresa e na geração de novos recursos e investimentos, podendo se tornar um grande diferencial competitivo no mercado.

Sobre o autor:
Leandro de Luccas
MBA em Gestão de Marketing e Formação em Publicidade e Propaganda pela PUC Campinas.
Diretor da Cafetoria4 Consultoria e Assessoria de Marketing Comunicação e Publicidade