Consequências das dietas de moda para a saúde
O padrão de beleza e a preocupação excessiva com a aparência tem levado as pessoas a cometer loucuras, principalmente no que se refere a ingestão alimentar. As promessas feitas com as dietas de moda se tornam um atrativo para quem quer perder peso. Na última pesquisa realizada pelo PNS – Pesquisa Nacional de Saúde em 2013, que fornece os dados para o IBGE, a obesidade teve um percentual significativo e preocupante, sendo que 1 para cada 5 adultos está fora do peso, sendo que as mulheres representam 24,4% e os homens 16,8%. É importante reforçar que junto com a obesidade, a probabilidade de desenvolver outras doenças crônicas é um fator de risco. Essa pesquisa é feita a cada 5 anos e em Agosto de 2019 já está sendo feito novamente, porém os resultados só serão divulgados em 2020, onde será feito um comparativo dos resultados.
As dietas de moda ou regimes populares, a curto prazo “podem” até levar a redução de pesos e medidas, mas quais as consequências que isso acarreta em nossa saúde? É importante entender que cada pessoa é única, e é importante respeitar a individualidade fisiológica e bioquímica de seu corpo. Não existe a mesma receita para todos, e é por isso que estar sendo acompanhado por profissionais da saúde, é fundamental quando é necessário realizar mudanças nos seus hábitos, principalmente no que se refere a ingestão alimentar. As dietas de moda acabam tendo restrições severas em alguns grupos de alimentos. Ainda temos outros influenciadores perigosos que são os famosos “amigos” que fizeram loucuras, emagreceram e saem receitando a sua experiência para todos sem saber se as pessoas podem ou não ter essas restrições. Os sites, TV, revistas também contribuem, uma vez que passam a informação, porém esquecem de citar que qualquer mudança é importante checar se a mesma, pode ser aplicada para sua vida.
O consumo de frutas, verduras, legumes, uso moderado de sal, ingestão de pouco açúcar, evitar frituras, ingerir bastante água, fibras e atividade física é o ideal, porém as escolhas e as quantidades devem respeitar cada organismo com sua necessidade.
Algumas dietas conhecidas como “Low Carb”, “Atkins”, “Cetogênica”, “Dukan”, “Gluten Free”, Paleolitica”, dentre outras, tem algo em comum, a redução do carboidrato. Além desse nutriente ser fonte de energia para o nosso organismo, também tem uma importante responsabilidade no funcionamento normal do sistema nervoso central, e a ingestão insuficiente pode trazer consequências a longo prazo.
Quando não temos a fonte de energia do carboidrato, a mesma é retirada de outra fonte, que no caso dessas dietas, é das proteínas ingeridas em maior quantidade, colocando em risco o fígado e rins pela sobrecarga de proteína ingerida.
Dica da nutricionista:
• Não faça dieta ou restrição alimentar sem a orientação e acompanhamento de uma nutricionista, que irá ajudá-lo nas quantidades certas para cada grupo de alimentos, de acordo com a necessidade do seu corpo;
• Quanto aos carboidratos, dê preferências aos integrais, que possuem fibras e trazem benefícios a saúde;
• Toda mudança a ser feita na rotina alimentar, deve ter estudo cientifico comprovado e publicado com os pros e contras para essa mudança;
• Busque conhecimento, e veja se a mudança pode lhe trazer benefícios para seu bem estar. Não acredite em milagres emagrecedores, pois eles não existem. Você é mais um que está sendo enganado pela ansiedade e o desejo de emagrecer rapidamente colocando em risco a sua saúde.
• Em qualquer área da sua vida, a busca pelo equilíbrio é a melhor escolha, e com a alimentação não é diferente.
As decisões e escolhas com responsabilidade contribuem para um corpo saudável. Dê importância a saúde, pois essa não tem dinheiro que compre.
Dra. Rosana B. P. Veiga – CRN3 4684
Nutricionista com pós graduação em Gerontologia
Consultora e auditora para empresas e estabelecimentos de alimentação
Atendimento home care, Casas de repouso e professora para cursos de cuidadores
Docente para curso técnico de nutrição
Voluntária na orientação de nutrição da ABRAZ de Campinas – Associação Brasileira de Alzheimer