Alimentação Infantil – Onde entra a responsabilidade dos Pais?

Quem já ouviu falar que o filho ou a filha é xerox do pai ou da mãe, e que tudo o que fazem eles copiam? Os Pais são sempre um exemplo para seus filhos que se espelham neles, motivo este da importante responsabilidade que os pais tem com seus filhos em tudo o que fazem, inclusive no que diz respeito a alimentação.

No início da nossa vida quem nos alimenta é a mãe, onde começa já na gestação. Quando nascemos, a mãe continua nessa responsabilidade de alimentar o filho, seja na amamentação ou no leite artificial. A criança já nasce com tendências de consumir os mesmos alimentos que a mãe ingeria na gestação e na lactação.

Segundo o autor Viana et al(2008) “a criança aprende, desde muito cedo, o significado cultural e social dos alimentos, desenvolvendo desde cedo preferência e rejeições”. E é no decorrer de sua existência por experiências e influências diversas com os alimentos, que as preferências e rejeições irão se modificando ao longo da vida.

Aprender a comer é primordial para a saúde, pois uma alimentação adequada contribui para um desenvolvimento saudável e previne diversas doenças crônicas adquiridas na infância e que acompanham por toda uma vida essa pessoa, e o principal professor são os pais, desde a introdução dos alimentos, como também os hábitos do dia-a-dia em seus lares, e saídas para passeios.

E é nessa fase da infância que aprendemos o que devemos comer ou não. Os pais tem 100% de responsabilidade, uma vez que são eles que compram e apresentam os alimentos para seus filhos. É importante que as preferências alimentares sejam compreendidas, porém isso não quer dizer que devem ser ofertadas, caso sejam prejudiciais à saúde.

É importante que a família tenha uma alimentação saudável, e se necessário, realizar a mudança de hábitos, para que a criança possa ter um desenvolvimento saudável e se tornar um adulto mais consciente da importância de ingerir alimentos que beneficiam a saúde do corpo. Atualmente o tradicional arroz com feijão está sendo substituído por produtos industrializados ou refeições sendo feitas em redes de fast food, contribuindo para a falha na alimentação, junto com o sedentarismo, e com isso dando origem ao aparecimento da obesidade infantil e doenças crônicas não transmissíveis como diabetes, hipertensão, colesterol, triglicerídeos.

E aqui segue algumas dicas para ajudar os pais nessa tarefa tão importante para a vida de seu filho:

• Evitar alimentos ricos em açucares, gorduras e sódio;
• Não comer lanches no lugar das refeições, principalmente almoço e jantar;
• Realizar as refeições na mesa junto com a família e não na frente da TV ou computador;
• Ter o hábito de ingerir diariamente verduras, legumes e frutas.
• Ofertar os alimentos que são recusados de formas diferentes para que possa ter melhor aceitação. Ex.: Se a criança não gosta de beterraba, coloque para cozinhar junto com o feijão ou faça suco ou acrescente no purê ou sopa.

O estimulo para uma alimentação saudável deve partir da educação e dos hábitos dos pais. Ceder as vontades das crianças não é a melhor escolha, pois no decorrer da infância e no desenvolvimento podem trazer consequências irreversíveis em sua saúde.

O ingrediente para a alimentação das crianças que faz a diferença é o Amor e quem Ama cuida.

Dra. Rosana B. P. Veiga – CRN3 4684
Nutricionista com pós graduação em Gerontologia
Voluntária na orientação de nutrição da ABRAZ de Campinas – Associação Brasileira de Alzheimer